A Ackerman Farmhouse, localizada em Teaneck (Teaneck), foi originalmente construída como propriedade dos holandeses Ackermans, imigrantes que chegaram à Nova Amsterdã no século XVII. Por volta da virada do século, a família se estabeleceu ao longo do Rio Hackensack, em Nova Jersey, onde as terras agrícolas eram mais abundantes do que na Ilha de Manhattan.
Vista frontal da casa.
A estrutura inicial, de apenas um cômodo, foi erguida em 1734. Na década de 1780, a família expandiu a casa utilizando uma tipologia de celeiro. Arenito de Nova Jersey, extraído localmente, foi usado em toda a construção das paredes de dois pés de espessura – o mesmo material (agora esgotado) que forma as casas geminadas de arenito marrom da cidade de Nova York. A casa de fazenda permaneceu na família até o início do século XX, passando depois por diversos proprietários.
Em 2021, a casa foi colocada à venda e permaneceu no mercado por mais de um ano devido às diminutas reconfigurações internas, à mínima luz natural interior e à sua inclusão no Registro Nacional de Lugares Históricos, o que complicou as alterações. Desenhos e fotografias da casa são mantidos nos Arquivos da Biblioteca do Congresso.
Renovação
Exterior restaurado.
A reforma dos andares superiores removeu o acúmulo de paredes divisórias e acabamentos confusos, revelando vigas estruturais esculpidas à mão e um telhado de mansarda apoiado nas paredes de pedra. O segundo andar agora é um plano aberto com diferentes escalas de construção entrelaçadas na estrutura de madeira recém-exposta. Novas paredes internas, revestimentos de perímetro em madeira na borda da alvenaria e armários finamente dimensionados unificam os espaços e definem áreas programáticas específicas. Essas áreas podem ser abertas ou fechadas com painéis deslizantes e pivotantes, de acordo com a necessidade do momento. Os espaços circundam um núcleo central de escada que percorre toda a altura da casa – uma sutura seccional do histórico e do moderno.
Espaço interno reformado.
O hall de pé-direito duplo, criado com a remoção parcial do terceiro andar, recebe a luz principal do dia e conduz a subida do primeiro andar (térreo) para o segundo. Pequenas janelas do século XVIII foram redimensionadas com aberturas angulares para oferecer luz natural generosa. A suíte principal, com quarto, banheiro e closet, é uma sequência atmosférica de câmaras interconectadas por portas deslizantes de grandes dimensões. O quarto, uma continuação do hall de entrada em madeira branca, se abre para um banheiro revestido em tadelakt e pedra, que leva a um closet aconchegante em madeira encerada. Este espaço retorna ao hall da escada por meio de uma porta com painéis, completando o círculo da planta.
Planta baixa do segundo andar.
Uma delicada escada de aço paira entre a estrutura de madeira no novo hall elevado. A escada sobe até o nível superior, onde um segundo quarto/sala de brinquedos está aninhado sob o telhado. Esta escada em balanço é uma combinação leve de metal perfurado e expandido que paira sobre uma abertura que atravessa toda a altura da casa. A luz se filtra até o térreo menos iluminado, um andar totalmente envolvido pelas paredes de arenito de dois pés de espessura.
Detalhes da escada.
Os clientes, de origem belga e milanesa, encontraram a propriedade durante uma extensa busca por sua primeira casa. Eles se mudaram para Nova York para estudar e seguir carreira, e a casa de fazenda, única entre as casas americanas típicas, tinha uma familiaridade com sua infância. A dignidade da estrutura transparecia sob uma abundância de divisórias, tentativas de comodidades modernas e reparos inadequados ao desgaste.
Acabamento interno.
A sala de estar, no andar inferior, fica dentro do volume original da casa de 1734. Este espaço, eficiente para o século XVIII, era claustrofobicamente desconfortável para o uso moderno. Um sistema de envidraçamento com estrutura de aço fina foi inserido na fachada posterior para oferecer vistas do rio e luz ocidental do pôr do sol. Portas duplas se abrem para uma paisagem ondulante que permaneceu praticamente intocada ao longo dos últimos séculos.
Planta baixa do terceiro andar.
Ambiente interno após a reforma.
Outro ângulo do interior.
Vista lateral da casa.
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